Desde os primórdios que os nativos habitantes das florestas cultivam crenças e lendas em torno de
personagens um tanto assustadores e até enigmáticos. A era moderna, com sua
desenvoltura assistida por uma evolução frenética dá ao homem de hoje a
impressão de ser tudo isso uma ignorância, mas será mesmo?
Um personagem polêmico é o boitatá.
Segundo os nativos esse estranho ser não é fadado a ser do mal, mas também não
se benze muito. Movimenta-se rastejando pois tem forma de cobra e se veste de
labaredas. Alimenta-se de cadáveres que retira das sepulturas, ora em
cemitérios indígenas ora nos campos santos de comunidades sertanejas. Quando
chega a noite ele para de rastejar e alça vôo, e em noites escuras vê-se o rastro
de fogo cruzando os céu das campinas. Outro ser que pouca gente conhece
é o Urutau. Esse, segundo os causos contados é um eterno apaixonado pela lua.
Em noites de cheia ele vagueia pelas matas gritando. Os caboclos o chamam de
Chora-Lua. Nas crendices indígenas ainda
existe Rudá, o deus do amor. É jovem e forte e amante da luz das estrelas, pois
estas são os olhos das iaras que reflete o céu nas límpidas águas dos rios. Ele
mora na lua cheia, cavalga nuvens escuras e enche de saudade os corações
apaixonados. E ainda há Sumé e Tamandaré e as Caruanas. São deusas domésticas
que preservam a unidade familiar. Quando se lhes faz um pedido destroem
qualquer feitiçaria, evitando desgraças e qualquer tipo de malefício.
Esses
personagens, na sabedoria indígena possuem como eles arcos e flechas e manejam
tacapes com grande habilidade, se pode ferir mortalmente não se sabe, mas um
polêmico personagem é o Curupira. Esse tem a função de guardar a floresta e
quando vê alguém cortando uma arvore ou mesmo colhendo uma flor sem necessidade
se aproxima como um bom moço, e com uma conversa comprida e fiada faz com que a
pessoa se perca na mata. Diz:
Vancê véve cortanu páu atôa, sem persisão,
cuidado com o Curupira, ele vai fazê cê mundiá! *(mundiá) nesse dialeto significa perder-se nas matas.
Alem do Curupira ainda tem os
anhangás e os juruparis que ajudam na guarda da floresta.
Mas para todos os índios, de
qualquer tribo, etnia, o Deus maior é o supremo TUPÃ, que se manifesta através
das intempéries.
Tupã é o brilho, a luz, o explendor mais forte e fala a eles
pelos relâmpagos e o som das trovoadas. Quando os missionários catequizaram os índios,
esses viram em Jesús Cristo o seu Deus Tupã e acreditaram ser ele que lhes deu
enxadas para cultivar seus alimentos.
Acesse esse link e veja o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=1yAXeRHn2vE&feature=player_profilepage
Comentários
Postar um comentário
Se gostou ou achou interessante deixe seu comentario e compartilhe!